tag:blogger.com,1999:blog-55428042024-03-16T12:28:04.020+00:00L&LP (Livre & Leal Português)Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comBlogger677125tag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-25160137939005028232024-03-16T12:27:00.001+00:002024-03-16T12:27:13.551+00:00Sobre as eleições de 10 de março último<p style="text-align: left;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRAnbDFOLZ1sVWTEAGIdyHjypXzqRLqNMkce8zYmeBz9dRSevKFkvmKOlWkkzKsYnW7yKG5qkek4KDDP7Wskwq6HBHapn9L4pEvyZbRvQU4xzAevBUImD8SXSNFZqCC_Mdk1a7823f1tccQDHrqVRtr_KFgfSM3fakPltS5hQ6Wq1HMQU_Wzdn/s664/PL_1974.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="664" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRAnbDFOLZ1sVWTEAGIdyHjypXzqRLqNMkce8zYmeBz9dRSevKFkvmKOlWkkzKsYnW7yKG5qkek4KDDP7Wskwq6HBHapn9L4pEvyZbRvQU4xzAevBUImD8SXSNFZqCC_Mdk1a7823f1tccQDHrqVRtr_KFgfSM3fakPltS5hQ6Wq1HMQU_Wzdn/w242-h320/PL_1974.png" width="242" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: x-small;">Emblema do Partido Liberal, fundado <br />em 28-5-1974 e proibido a seguir <br />ao 28-9-1974 (ver <a href="https://ephemerajpp.com/2015/10/17/partido-liberal/" target="_blank">aqui</a>).<br /><br /></span></td></tr></tbody></table><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">A </span><a href="https://iniciativaliberal.pt/" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;" target="_blank">Iniciativa Liberal</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;"> teve, nas eleições de 10 de março último para a AR, 312,064 votos a
nível nacional (5,08%), elegendo 8 deputados: Lisboa [distrito] 86,847 votos
(6,58%, 3 deputados); Porto 5,75%, 2 dep.; Braga 6,10%, 1 dep.; Aveiro 5,11%, 1
dep.; Setúbal 5,36%, 1 dep. – em Lisboa concelho, 24,387 votos (7,45%) [Fonte: MAI]. O partido perdeu
1 deputado em Lisboa e ganhou outro em Aveiro, ficando a representação mais
equilibrada e bem distribuída; aguentou a pressão do voto útil (AD) e a subida
do Chega (que o afeta menos); nos restantes distritos do litoral e Madeira
ficou acima dos 3%. É importante que se mantenha a estratégia de prudência perante a lógica da </span><a href="https://livreeleal.blogspot.com/2019/11/os-liberais-e-politica-de-blocos-em.html" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;" target="_blank">"política de blocos"</a><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
Chega elegeu 48 deputados, com mais de 1,1 milhão de votos e, se este resultado
se mantiver em próximas eleições (depois de uma eventual aproximação desse
partido até agora <i>protestatário</i> à área do poder), acabou a famosa “maioria
sociológica de esquerda” e, já agora, o sistema partidário moldado pelo <i>diktat</i>
da Coordenadora do MFA durante o processo de transição em 1974-76; estas
eleições podem, aliás, ter produzido uma AR muito próxima daquela que poderia
ter existido logo nas primeiras eleições após o 25 de Abril sem a proibição dos
partidos organizadores da célebre manifestação da “maioria silenciosa” a
28-9-1974 e sem o rolo compressor dos chamados pactos MFA/Partidos. E é
evidente outra coisa: que temos, agora, a AR mais plural dos últimos 50 anos e
aquela que, nesse período, exprime de modo mais evidente a vitalidade do regime
democrático e do sistema partidário.<o:p></o:p></span></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-58487100509873164332024-01-29T20:07:00.003+00:002024-01-29T20:07:57.769+00:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhywophNHjb2_SpcmA48a0xqowczIOEj4NR_-A6QAbZ9sD2SYJ1PkzPWZ0TNVluhxH5vJajqlRXKmB2B0n2oq_502T1OWEW2XkIdz2FPj2i-yKnE8_4Dz-NS7EoZSweAiSoeUZ8HUEaISTZxHRYjjOZvm2rgyO-zSySKmGrLateorWNeuWz5Fug/s1409/Capa_LAS_NEP.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1409" data-original-width="979" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhywophNHjb2_SpcmA48a0xqowczIOEj4NR_-A6QAbZ9sD2SYJ1PkzPWZ0TNVluhxH5vJajqlRXKmB2B0n2oq_502T1OWEW2XkIdz2FPj2i-yKnE8_4Dz-NS7EoZSweAiSoeUZ8HUEaISTZxHRYjjOZvm2rgyO-zSySKmGrLateorWNeuWz5Fug/w278-h400/Capa_LAS_NEP.jpg" width="278" /></a></div>Fica disponível no <i>L&LP</i> o livro <i><a href="https://drive.google.com/file/d/1wGYUXMZ_tGM_wRGd0ptvedS341HfsVPP/view?usp=drive_link" target="_blank">Normatividade e Economia em Portugal: a regulação da iniciativa privada antes do liberalismo (1603-1834 e antecedentes)</a></i>.<p></p><p></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">RESUMO:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Este livro examina todo o
universo normativo português até às vésperas da instauração definitiva da ordem
jurídica liberal em 1834. Com essa investigação, pretende apurar o espaço que a
“esfera privada” (indivíduos, famílias, sociedades, associações) tinha para
levar a cabo, licitamente, as suas ações ou iniciativas, a que se pode
reconhecer natureza económica (mobilizando bens e tornando-os em capital).
Neste âmbito, são considerados também os constrangimentos de tipo fiscal e
administrativo, bem como as condições de acesso à Justiça, e os procedimentos
informais incentivados pelas normas formais. Incidindo em particular sobre o
período que se inicia em 1603, com a última recompilação das Ordenações do Reino,
o estudo do edifício jurídico e da sua aplicação concreta em vários setores de
atividade é sistematicamente relacionado com os seus antecedentes desde o
período medieval e no direito romano.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">ABSTRACT:</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> <span style="background: white; color: #1d2228;">This book examines the entire Portuguese
normative universe up until the eve of the definitive establishment of the
liberal legal order in 1834. Through this investigation, its aim is to
determine the space that the 'private sphere' (comprising individuals,
families, societies, and associations) had to lawfully carry out their actions
or initiatives, particularly those of an economic nature involving the
mobilization of assets and their conversion into capital. In this context,
fiscal and administrative constraints are also considered, along with the
conditions of access to justice and the informal procedures encouraged by
formal rules. Focusing specifically on the period starting in 1603, with the
last compilation of the Ordinances of the Kingdom, the study of the legal
structure and its practical application in various sectors of activity is
systematically related to its antecedents since the medieval period and in
Roman law.</span><o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-71704720995130494312023-05-07T20:54:00.003+01:002023-05-07T21:17:52.586+01:00Instituições e "esfera privada" em Portugal (até 1834)<p>Fica disponível no <i>L&LP</i> uma investigação sobre as <b>instituições que delimitaram e condicionaram historicamente o espaço e as iniciativas da "esfera privada"</b> em Portugal: <a href="https://drive.google.com/file/d/1zUGaJQgMqcinUPi133pw2aHWg_tjk58R/view?usp=share_link" target="_blank">Normatividade e economia: a regulação da iniciativa privada antes do liberalismo (1603-1834)</a>.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg-G9_6-YHCp9YzojWqs0ad6YpGOnBzat-pFNMtCbLqL9iS6i4rwOzLbwL9njYKODfoIP_O4Ms2tOjCPOCVGziEMPXW0puLYZaG95GiwSBygLm9r81e4tXO3hnNJoqV5svHoO_q4rRkMAN5SyKIv508FWzBi20oH768Yj13tD2MIpdA3ollQg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1404" data-original-width="1244" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg-G9_6-YHCp9YzojWqs0ad6YpGOnBzat-pFNMtCbLqL9iS6i4rwOzLbwL9njYKODfoIP_O4Ms2tOjCPOCVGziEMPXW0puLYZaG95GiwSBygLm9r81e4tXO3hnNJoqV5svHoO_q4rRkMAN5SyKIv508FWzBi20oH768Yj13tD2MIpdA3ollQg=w284-h320" width="284" /></a></div><br /><br /><p></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-11285744087526396782023-05-07T20:46:00.002+01:002023-05-07T20:46:42.123+01:00Curso de Eclesiologia Histórica<p>Fica agora disponível o material de apoio (PDF em 50 <i>slides</i>) do <a href="https://drive.google.com/file/d/1yAjNOL5lYaBj12yiDfSn9_7QBa5MyFEv/view?usp=share_link" target="_blank">Curso de Eclesiologia Histórica</a> que o <i>L&LP</i> preparou recentemente para o Centro Protestante de Estudos (CPE) da IEPP, com uma visão abrangente de mais de dois mil anos da Igreja Cristã.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiz28prJAmpAcHg8nROoCWhShj9VLU7-GO5kbiZZiA1KYS_ZLFLNd4NsdIbhPbsdgptAL_RfwFuicXHd9g-6muV39QdBE7gMRHPnwaCFrJKOF5FoLQd-byxdAYMmpa_W0rnrATaK6ZwPK3Fe-EFuqPljgtWLEGsSlrpgCiZ-kTCJlgxtPb0pg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="838" data-original-width="1286" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiz28prJAmpAcHg8nROoCWhShj9VLU7-GO5kbiZZiA1KYS_ZLFLNd4NsdIbhPbsdgptAL_RfwFuicXHd9g-6muV39QdBE7gMRHPnwaCFrJKOF5FoLQd-byxdAYMmpa_W0rnrATaK6ZwPK3Fe-EFuqPljgtWLEGsSlrpgCiZ-kTCJlgxtPb0pg=w320-h210" width="320" /></a></div><br /><br /><p></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-87862681295325673562022-09-08T19:03:00.000+01:002022-09-08T19:03:07.959+01:00Isabel II (1926-2022)<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsjouO3Lz5Ns4NSmjDD1zFYsbLx0vRdhBQxyfMHGQBDJyzGWAxCLHCul32-JdJwcmJPO0M3KxI196IXHSsiyvSLQ0Je67_YEnfGW6hxfzG5MyyHhHGNYMo3CR9CkDgbz2wVGAWmsfu8JJH8lA_H2c0unBQvn3m0z2vkBMxJzYAqvpiIJrbA/s675/elizabeth-ii.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="645" data-original-width="675" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsjouO3Lz5Ns4NSmjDD1zFYsbLx0vRdhBQxyfMHGQBDJyzGWAxCLHCul32-JdJwcmJPO0M3KxI196IXHSsiyvSLQ0Je67_YEnfGW6hxfzG5MyyHhHGNYMo3CR9CkDgbz2wVGAWmsfu8JJH8lA_H2c0unBQvn3m0z2vkBMxJzYAqvpiIJrbA/s320/elizabeth-ii.jpg" width="320" /></a></div><p></p><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">When to the sessions of sweet silent thought<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">I summon up remembrance of things past,<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">I sigh the lack of many a thing I sought,<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">And with old woes new wail my dear time's waste:<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">Then can I drown an eye, unus'd to flow,<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">For precious friends hid in death's dateless night,<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">And weep afresh love's long since cancell'd woe,<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">And moan th' expense of many a vanish'd sight;<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">Then can I grieve at grievances foregone,<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">And heavily from woe to woe tell o'er<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">The sad account of fore-bemoaned moan,<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">Which I new pay as if not paid before.<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">But if the while I think on thee, dear friend,<br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;">All losses are restor'd, and sorrows end.</div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; font-size: 20px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: left; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;"><br /></div><div style="background-color: white; border: 0px; font-family: adobe-garamond-pro, Garamond, Baskerville, "Baskerville Old Face", "Hoefler Text", "Times New Roman", serif; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 1em; text-align: right; text-indent: -1em; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: x-small;">W. Shakespeare, Soneto 30</span></div><p> </p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-77881497446848296402022-05-10T12:26:00.003+01:002022-05-10T21:01:05.672+01:0010 possíveis lições da guerra na Ucrânia<p></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfoysF_05Wv3IUS-aFbfxs3aEQs2vKC5pCQTEQiX9XblN-IWJxC5qTEiBzQ66Rf360hB0hYBJCzXSq7zJfXhXfVRjHzYY7Z_yHw53Zcg1nT2H2z292GZ4jVqOhjW5Ggp_4_0msEar2pvgtdGhxCDOkChQ36IhV3CjH5jF_Xz03y7058Ac-aQ/s269/ucrania.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="187" data-original-width="269" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfoysF_05Wv3IUS-aFbfxs3aEQs2vKC5pCQTEQiX9XblN-IWJxC5qTEiBzQ66Rf360hB0hYBJCzXSq7zJfXhXfVRjHzYY7Z_yHw53Zcg1nT2H2z292GZ4jVqOhjW5Ggp_4_0msEar2pvgtdGhxCDOkChQ36IhV3CjH5jF_Xz03y7058Ac-aQ/s1600/ucrania.jpg" width="269" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">1)
Putin estava em queda por razões económicas e, com uma intervenção militar rápida
e incisiva que pusesse a Ucrânia de joelhos, queria fazer um <i>turnaround</i>
galvanizador que distraísse os russos e baralhasse os ocidentais;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">2) a
capacidade de resistência dos ucranianos impediu essa estratégia e expôs a
fragilidade militar russa;</span></p><p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">3) a violência russa, prolongada pela resistência
ucraniana, está a forjar uma unidade nacional ucraniana que não existia, e em
torno da agenda dos pró-ocidentais;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">4)
Putin viu-se forçado a abraçar os mais extremistas dos nacionais-radicais
russos, comprimindo a <i>massa crítica</i> dos seus apoiantes e isolando-se
mais entre as elites;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">5) a
China não está solidária com a ação militar russa, vê antes nela a oportunidade
de cair-lhe na sua esfera de influência uma Rússia enfraquecida, com menos
laços com o Ocidente e cada vez mais dependente dela em termos económicos (e este
será o legado geoestratégico de Putin à Rússia);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">6) A União
Europeia revelou a sua definitiva incapacidade de resposta a qualquer ameaça
externa, paralisada pelos interesses contraditórios dos seus membros mais
fortes (diga-se já que não anuláveis por <i>fugas para a frente</i> “federalistas”) e por
falta de capacidade militar (que pertenceu à NATO e à atitude liderante de dois
países não-“europeus”, EUA e Reino Unido) no auxílio à Ucrânia e aos membros da
UE na “linha da frente”;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">7) nenhum
país europeu, no seu perfeito juízo, vai querer equacionar a sua segurança fora
do quadro da NATO (na qual EUA e RU continuarão a ter capacidade e inciativa,
que hão de faltar sempre à Alemanha e à França);<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">8) a
ambiguidade e os erros da política energética alemã (que são, em boa medida, os
da UE) expõem o autocentramento estratégico de Berlim, que só pode causar
perplexidade nos estados europeus (como Portugal, mas não só) que, a reboque da
economia alemã, foram puxados para agendas continentalistas que os descentraram
do seu atlantismo histórico;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">9) os
acontecimentos na Ucrânia puseram a nu o que valem as ideias dos que acham esse
atlantismo coadunável com a <i>ever closer union</i> da UE ou que os problemas
desta se resolverão com votações por maioria ou <i>fugas para a frente</i> “federalistas”;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 14.2pt; text-indent: -14.2pt;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">10) o
reforço da NATO (frente aos devaneios de uma “defesa europeia”) e o
relançamento do <i>grand design</i> de uma área de comércio livre no Atlântico
Norte (articulada com a OMC e extensível ao Pacífico, ao Mediterrâneo, ao mar
Negro e a quem, em qualquer geografia, queira juntar-se) são os remédios mais
adequados à incerteza russa e ao desafio chinês – ou seja, volta <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Transatlantic_Trade_and_Investment_Partnership" target="_blank">TTIP</a>, que a
estupidez dos que te rejeitaram está perdoada!<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-37974595749071087972021-04-02T19:44:00.002+01:002021-04-02T19:44:46.243+01:00Uma alternativa ao primado da lei?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-kS71eIuBRqs/YGdklkPUxTI/AAAAAAAABhI/BX2fY1uC-j47f3y7gu7l85LZXOTe_xMggCLcBGAsYHQ/s184/mrs.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="184" data-original-width="130" src="https://1.bp.blogspot.com/-kS71eIuBRqs/YGdklkPUxTI/AAAAAAAABhI/BX2fY1uC-j47f3y7gu7l85LZXOTe_xMggCLcBGAsYHQ/s0/mrs.JPG" /></a></div><p>Depois de promulgar um diploma aprovado pela Assembleia da República que está patentemente ferido de inconstitucionalidade, <a href="https://observador.pt/2021/04/01/e-o-direito-que-serve-a-politica-nao-e-a-politica-que-serve-o-direito-marcelo-poe-ponto-final-e-passa-ao-proximo-capitulo/" target="_blank">Marcelo Rebelo de Sousa</a> pronunciou uma frase autojustificativa que ficará para a história: <b>«É o direito que serve a política, não é a política que serve o direito».</b></p><p>Não vou discutir agora a questão em termos de hegemonia entre "direito" e "política"; noto apenas na frase o tom confrontacional e hierárquico entre os dois elementos, e qual dos dois é subalternizado.</p><p>Algumas luminárias apelaram ao voto neste senhor na última eleição presidencial por ser o primeiro presidente a dizer-se de "direita" e a única força moderadora na conjuntura de domínio socialista do Estado. Guardem a "direita", embrulhem-na mesmo, que <i>aqui</i> se fica <i>só</i> com a <b>tradição liberal do primado da lei</b>.</p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-53763715569099223992021-01-21T17:39:00.003+00:002021-01-22T11:02:32.818+00:00L&LP com sotaque...<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jcXZpKotzOg/YAm8Sr4c9iI/AAAAAAAABfs/5Rw_0TEFt8EXYfZb7xjoc8FBNOphC7DLQCLcBGAsYHQ/s400/mayan.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="273" data-original-width="400" height="272" src="https://1.bp.blogspot.com/-jcXZpKotzOg/YAm8Sr4c9iI/AAAAAAAABfs/5Rw_0TEFt8EXYfZb7xjoc8FBNOphC7DLQCLcBGAsYHQ/w400-h272/mayan.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><div>[<b>Um <i>disclaimer</i> <a href="http://livreeleal.blogspot.com/2003/07/elementos-de-doutrina-neocartista.html" target="_blank">neocartista</a> sobre esta eleição:</b> Para o <i>L&LP</i>, e enquanto o País não percebe a conveniência de restaurar (e reconsagrar constitucionalmente) a chefia de Estado dinástica que lhe é natural, a eleição "presidencial" é uma designação, por voto popular, do <i>lugar-tenente do Rei</i> (que está presente, em <i>potência sereníssima</i>, em S.A.R. o Duque de Bragança). A escolha do Presidente da República tem, pois, este alto critério e padrão para cada eleitor - que não está a escolher um "rei eleito", mas alguém que desempenha uma função digna, necessária ao equilíbrio constitucional, mas <i>de substituição</i> e sem <i>plenitude representativa</i>.]</div>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-80185335416712496382021-01-21T17:26:00.001+00:002021-01-21T17:26:47.357+00:00Pandemia: «Não há justificação para esta paranóia» — Jorge Torgal (Conse...<iframe width="480" height="270" src="https://youtube.com/embed/VejVk0wlBR8" frameborder="0"></iframe>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-8233582048372138992021-01-14T18:22:00.005+00:002021-01-14T18:37:26.573+00:00Um estado de emergência inconstitucional<p><span style="font-family: arial;">Começa no próximo dia 16 de janeiro um novo período de <b>estado de emergência</b>, que renova e agrava o instituído (e também renovado) pelo decreto presidencial n.º 6-A/2021 de 6 de janeiro. O novo decreto presidencial, o <a href="https://dre.pt/application/file/a/153663667" target="_blank">n.º 6-B/2021 de 13 de janeiro</a>, publicado ontem em <i>Diário da República</i> depois de aprovado pela Assembleia da República, invoca novamente uma situação de «estado de calamidade» associado ao vírus SARS-CoV-2 como justificativo daquele estado, que a própria Constituição define como de suspensão de direitos, liberdades e garantias (Art.º 19.º).</span></p><p><span style="font-family: arial;">É altamente discutível que uma epidemia ou pandemia como a associada ao vírus referido possa ser considerada um "estado de calamidade" como aquele previsto no texto da Constituição e aí colocado (Art.º 19.º, §2) juntamente com as situações de «agressão efetiva ou iminente por forças estrangeiras» e de «grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional». É muito discutível que um problema de saúde pública possa estar incluído no espírito do artigo, todo ele claramente pensado como resposta de exceção a uma situação de subversão da ordem constitucional e/ou da ordem pública.</span></p><p><span style="font-family: arial;">É verdade que pode considerar-se algo indefinido no texto constitucional o termo «estado de calamidade», mas este tem de ser lido no contexto do artigo respetivo, que não tem qualquer menção a algo de semelhante ou decorrente de um problema de saúde pública. À luz do articulado da Constituição, uma crise de saúde pública poderia justificar muitas ações dos órgãos do Estado, mas não um <b>estado de emergência</b> -- ou, já agora, um estado de sítio (também previsto no Art.º 19.º). Mas não é admissível que "estado de calamidade" possa ser o que o Presidente, a Assembleia ou o Governo da República decidam ser; porque tal discricionariedade, como se vê, equivaleria a, por ela, fazer depender da vontade daqueles órgãos a adequação do <b>estado de emergência</b> (e, já agora, do estado de sítio) a qualquer circunstância minimamente fora da "normalidade".</span></p><p><span style="font-family: arial;">Aquele estado de exceção só pode resultar de um ato de defesa da ordem constitucional contra atos conscientes e deliberados, e de risco real, de alguém que a pretende subverter ou ameaçar. E um problema de saúde pública, causado por um vírus, não se enquadra no espírito do Art.º 19.º, que prevê e regula aquele estado.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Este decreto presidencial, como os anteriores nos mesmos moldes, é, pois, inconstitucional. A esta conclusão acresce que o decreto n.º 6-B/2021 de 13 de janeiro, pelo tipo de medidas que autoriza de requisição pelo Estado de recursos humanos e materiais privados ou de interferência em preços de bens e regimes de licenciamento de atividades económicas, viola de modo estrondoso o §4.º do mesmo Art.º 19.º, que obriga o estado de exceção decretado a «respeitar o princípio da proporcionalidade e limitar-se, nomeadamente quanto à sua extensão e duração e aos meios utilizados, ao estritamente necessário ao pronto restabelecimento da ordem constitucional». Isto é muito diferente de dar ao Governo todos os meios que ele possa, eventualmente e no seu próprio critério, julgar necessários.</span></p><p><span style="font-family: arial;">[P.S. Como, associado a este decreto, surge de novo a medida desproporcionada de obrigar os cidadãos a um confinamento geral, o <i>L&LP</i> volta a colocar o seu <i>banner</i> contra esta violação liberticida do direito de deslocação dos cidadãos portugueses.]</span></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-91764376854339344632020-12-01T11:55:00.004+00:002020-12-15T13:06:03.093+00:00Eduardo Lourenço, intérprete da circunstância portuguesa da filosofia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-j8p-qpWETPI/X8Yu5fZO6FI/AAAAAAAABeI/SJhsLE-DllMi89VlJmDEEuWLhQINrvmCwCLcBGAsYHQ/s238/Louren%25C3%25A7o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="212" data-original-width="238" src="https://1.bp.blogspot.com/-j8p-qpWETPI/X8Yu5fZO6FI/AAAAAAAABeI/SJhsLE-DllMi89VlJmDEEuWLhQINrvmCwCLcBGAsYHQ/s0/Louren%25C3%25A7o.jpg" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt;">O
percurso pessoal</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Eduardo
Lourenço de Faria nasceu em 1923 em São Pedro do Rio Seco, concelho de Almeida
(distrito da Guarda). O pai era oficial do exército e a mãe foi a grande
presença da sua infância, influindo na educação católica que recebeu.
Frequentou o Colégio Militar, em Lisboa, entre 1935 e 1940, ingressando no ano
seguinte no curso de Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra. Tornou-se então colaborador da revista <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vértice</i>, associada aos intelectuais
neo-realistas próximos do Partido Comunista. Em 1946, defendeu com sucesso a
sua tese de licenciatura, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O sentido da
dialéctica no idealismo absoluto</i>, tornando-se assistente do professor
Joaquim de Carvalho um ano depois. Publicou em 1949 o primeiro volume de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Heterodoxia</i>, sendo então convidado para
leccionar na Universidade de Bordéus (França), vindo também a leccionar em
Hamburgo (Alemanha), na Universidade da Baía (Brasil) e, novamente em França,
em Grenoble. Casou com Annie Salomon em 1954. Em 1967 publicou o segundo volume
de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Heterodoxia</i> e, no ano seguinte, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sentido e forma da poesia neo-realista</i>.
Em 1973 foi convidado por Mário Soares para ser um dos fundadores do Partido
Socialista no exílio, o que declinou. Nesse ano publicou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fernando Pessoa revisitado</i>, propondo uma interpretação dos
heterónimos pessoanos. A partir de 1974 passou a residir em Vence, na Provença,
leccionando na Universidade de Nice. Em 1976, publicou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O fascismo nunca existiu</i> e, dois anos mais tarde, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O labirinto da saudade – psicanálise mítica
do destino português</i>, que marcou o início da sua notoriedade como figura
cimeira do universo intelectual português. Em 1979 foi convidado para integrar
o governo de esquerda presidido por Maria de Lourdes Pintasilgo, o que
declinou. Em 1986, publicou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fernando, rei
da nossa Baviera</i>, uma interpretação do universo literário pessoano. Em 1994
publicou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A Europa desencantada</i> e em
1998 <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O esplendor do caos</i>, sobre a
chamada «geração de 70» do século XIX.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Eduardo
Lourenço conheceu e viveu, até pela sua circunstância familiar, a cultura
religiosa católica que enformou secularmente a sociedade portuguesa. Apesar do
seu percurso posterior, não rompeu com o catolicismo – casou catolicamente em
1954 –, mostrando-se sempre interessado em preservá-lo como objecto de reflexão
e como ponte para pensar Portugal na sua individualidade e na sua relação com a
Europa. Logo no primeiro volume da sua obra <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Heterodoxia</i>
(1949), Eduardo Lourenço considerou necessário adoptar nessa relação com a
tradição católica uma atitude heterodoxa, isto é, embora não enjeitando a sua
identidade, disponível para explorar os seus limites e para adoptar a
perspectiva crítica da atitude filosófica. Uma relação similar foi por si
construída com o socialismo, de que se aproximou muito cedo. Convivendo desde
os anos quarenta do século XX com o círculo dos intelectuais neo-realistas
próximos do marxismo e do Partido Comunista, reunidos desde 1941 em torno da
revista coimbrã <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Novo cancioneiro</i> e
depois da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Vértice</i>, Lourenço não se
identificará com as expressões mais rígidas do socialismo marxista. Manterá, no
entanto, a sua pertença a esse universo político e ideológico, embora com a
mesma atitude de o pensar a partir da crítica filosófica e até de uma abordagem
“heterodoxa”. Por isso definirá logo no fim dos anos quarenta a sua atitude
intelectual tanto perante o catolicismo como perante o socialismo: «nem o
contrário de ortodoxia, nem de niilismo, mas o movimento constante de os pensar
a ambos» (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Heterodoxia</i>, I, p. 8). Este
posicionamento permitiu que Eduardo Lourenço fosse um dos principais
intelectuais a acolher na cultura portuguesa o espaço do socialismo
democrático, que considera a expressão mais completa das aspirações cívicas e
políticas do homem europeu, mas de um modo que não deixava de radicar-se e
dialogar com os valores da tradição cristã e humanista do Velho Continente.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 12pt;">O
percurso filosófico</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Em
termos filosóficos, Lourenço exprimiu as suas inquietações de um modo que não
cabia num discurso formal e puramente conceptual, pelo que desenvolveu nas suas
obras um estilo ensaístico, «fundado na suspeita do conceito», em que pretendeu
também experimentar com mais liberdade a sua atitude “heterodoxa” perante a
própria linguagem filosófica. Kierkegaard foi um apoio para esse tipo de
abordagem, mas também um interlocutor “heterodoxo” para o diálogo com a
ortodoxia católica como era vivida na realidade cultural e institucional
portuguesa. Já Nietzsche foi um contra-peso para tecer a relação com a cultura
secular do seu tempo e que igualmente se coadunava a este discurso livre embora
de base filosófica; tratava-se também de um filósofo especialmente bem situado
para servir de referência à temática da «crise da cultura», cujo peso se tornou
crescente na sua reflexão. Perante o panorama da filosofia em Portugal, e
apesar do interesse crescente pela análise da cultura portuguesa, Eduardo
Lourenço teve sempre uma relação distante com a corrente denominada “filosofia
portuguesa”, por não poder enquadrar-se na tradição aristotélica que a melhor
parte daquela pretendia continuar e por não querer previsivelmente prender-se
ao pressuposto enraizado ou nativista que a mesma transportava. Perante o
saudosismo erigido a objecto filosófico, que parte da “filosofia portuguesa”
quis cultivar, Lourenço mostrou até que ponto era tributário de críticos como
António Sérgio que naquele sentimento viam a expressão de uma «consciência
delirada da fraqueza nacional». Deste modo, Eduardo Lourenço nunca quis deixar
de situar o seu pensamento na continuidade dos críticos europeízantes da
cultura portuguesa, da «Geração de 70» (Antero de Quental e Oliveira Martins em
particular) até Sérgio, apesar de matizar a sua adesão às tendências
racionalistas ou idealistas expressas por esses autores. Também devido a este
seu posicionamento, Lourenço nunca pôde ser integrado no grupo dos filósofos ou
intelectuais marxistas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">O
seu percurso foi considerado eclético, diletante ou “nómada”, sendo sempre
evidente o esforço de partir do cosmopolitismo da tradição filosófica para
reflectir sobre a realidade histórica e cultural portuguesa. Daí a dificuldade
de classificar o livro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Labirinto da
saudade</i>, no qual refinou e aprofundou o exercício de identificação e
análise dos grandes mitos da cultura portuguesa e para o qual toda a sua obra
parecia convergir: foi impossível situá-lo numa corrente ou grupo particular,
embora dificilmente a sua pertinência tenha sido contestada por qualquer dessas
parcialidades. A essa liberdade perante grupos e correntes não foi alheio o
facto de residir fora do País, apesar das frequentes visitas a Portugal. Nas
suas últimas obras, a questão europeia nas suas relações com Portugal e com o
mundo global tem sido aprofundada, como continuidade das suas preocupações de
sempre com a Europa enquanto «continente espiritual». “Espectador comprometido”
da unidade da Europa, que acompanhou desde o início em França e com a qual
Portugal se cruzou desde as décadas de 70 e 80 do século XX, tem emprestado a
esta temática a mesma reflexão crítica pouco dada aos entusiasmos de escolas e
grupos de diferentes orientações: «Só se podem sentir desencantados aqueles que
sabendo a Europa a que pertencem frágil na cena do mundo, por incapacidade de
se constituir com um mínimo de coerência política, constatam que quarenta anos
de sonho europeu não fizeram da Europa um mito para a consciência do cidadão
comum da Comunidade Europeia», escreveu Eduardo Lourenço em 1993.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">[Faleceu em Lisboa, a 1 de dezembro de 2020.]</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="font-size: x-small;">[Junho
2008]</span><b style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: red;"><o:p></o:p></span></b></span></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-3429575347029701152020-10-25T15:55:00.005+00:002020-10-25T15:56:59.871+00:0060 Minutes Australia and The Age are Fake News<iframe frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/euabgDdLToA" width="480"></iframe><div><br /></div><div>Peter Schiff, sob um <a href="https://www.theage.com.au/national/the-day-the-international-tax-authorities-came-knocking-20201015-p565lz.html" target="_blank">ataque sujo</a> a que muito jornalismo (preguiçoso e pouco profissional) infelizmente já nos habituou, defende-se de forma exemplar (informando os seus clientes, mas também os seus ouvintes, em que o <i>L&LP</i> há muitos anos se inclui).</div><div><br /></div><div>No Youtube, no vídeo "60 Minutes Australia and The Age are Fake News", o <i>L&LP</i> deixou um comentário (reproduzido em baixo). E não é que Peter Schiff respondeu? UAU!!!</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RamDjieLhPk/X5Wfw6y54VI/AAAAAAAABdE/Ht9qIw3l9QUHa8gGwWjb-f9Qi2mnxHCUQCLcBGAsYHQ/s758/Schiff.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="125" data-original-width="758" height="66" src="https://1.bp.blogspot.com/-RamDjieLhPk/X5Wfw6y54VI/AAAAAAAABdE/Ht9qIw3l9QUHa8gGwWjb-f9Qi2mnxHCUQCLcBGAsYHQ/w400-h66/Schiff.JPG" width="400" /></a></div><br /><div><br /></div>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-59363384347983457252020-10-18T12:25:00.001+01:002020-10-18T12:25:05.640+01:00Michael Levitt, um prémio Nobel para os Filipe Froes deste mundo<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/NboWj66qphw" width="480"></iframe>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-86568141332241888132020-10-18T12:21:00.003+01:002020-12-15T13:10:49.533+00:00Dolores Cahill e a BIG PICTURE da pseudopandemia<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/Nz5MSHwjHT0" width="480"></iframe><div><br /></div><div>[<b>N.P.:</b> Mais um vídeo censurado pelo Youtube. Estamos numa época na qual, em nome da "ciência" (que alguns espíritos julgam ser um saber exato e unívoco), se impede a livre expressão de opiniões e interpretações. Isto é lamentável e muito preocupante. (<i>L&LP</i>)]</div>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-80718388764650032872020-10-05T23:05:00.008+01:002020-10-08T12:54:11.056+01:00Covid experts: there is another way [PETIÇÃO INTERNACIONAL]<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-7AVWrHft8oQ/X3uXBLO6DeI/AAAAAAAABbk/3ie65zimhCEsukbqjb4lLprTXghdohwrACLcBGAsYHQ/s734/Covid.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="263" data-original-width="734" height="144" src="https://1.bp.blogspot.com/-7AVWrHft8oQ/X3uXBLO6DeI/AAAAAAAABbk/3ie65zimhCEsukbqjb4lLprTXghdohwrACLcBGAsYHQ/w400-h144/Covid.JPG" width="400" /></a></div><br /><p></p><p>Os <b>principais epidemiologistas</b> têm-se mostrado muito preocupados com as políticas sanitárias seguidas desde a primavera um pouco por todo o lado. Mais três, além dos que nos meses anteriores o <i>L&LP</i> seguiu, tomam agora posição pública:<span face="benton-sans, sans-serif" style="background-color: white; color: #212529; font-size: 14px; letter-spacing: 1px; text-transform: uppercase;"> </span><span face="benton-sans, sans-serif" style="box-sizing: border-box; color: #1b1b1b; font-size: 14px; letter-spacing: 1px; text-transform: uppercase;"><a class="author url fn" href="https://unherd.com/author/sunetra-gupta/" rel="author" style="box-sizing: border-box; color: #1b1b1b; font-weight: 600; text-decoration-line: none;" title="Posts by Sunetra Gupta">SUNETRA GUPTA</a>, <a class="author url fn" href="https://unherd.com/author/jay-bhattacharya/" rel="author" style="box-sizing: border-box; color: #1b1b1b; font-weight: 600; text-decoration-line: none;" title="Posts by Jay Bhattacharya">JAY BHATTACHARYA</a> e <a class="author url fn" href="https://unherd.com/author/martin-kulldorff/" rel="author" style="box-sizing: border-box; color: #1b1b1b; font-weight: 600;" title="Posts by Martin Kulldorff">MARTIN KULLDORFF</a>. </span>E tomaram a iniciativa de lançar uma importante petição internacional, que o <i>L&LP</i> já assinou, <b>contra o confinamento, o teletrabalho e o condicionamento de horários do comércio e dos serviços</b>.</p><p>Ler e assinar <a href="https://unherd.com/2020/10/covid-experts-there-is-another-way/" target="_blank">aqui</a>. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-7OQBjckjJFE/X379a_5_utI/AAAAAAAABcI/8_MsTSiVriUHskLME7Mti4AWGkKIcdfQwCLcBGAsYHQ/s276/Barrington.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="89" data-original-width="276" src="https://1.bp.blogspot.com/-7OQBjckjJFE/X379a_5_utI/AAAAAAAABcI/8_MsTSiVriUHskLME7Mti4AWGkKIcdfQwCLcBGAsYHQ/s0/Barrington.JPG" /></a></div><br /><p><br /></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-11918670607775541432020-09-16T09:29:00.001+01:002020-09-16T09:29:59.938+01:00Vieira, Costa e Medina vistos deste ladoO apoio de António Costa e Fernando Medina a Luís Filipe Vieira (fazendo parte da comissão de honra deste na nova candidatura à presidência do Sport Lisboa e Benfica) tem intrigado meio mundo pela falta de senso, de ponderação, de sentido da decência (não só por ilustrar em cores carregadas a muito falada promiscuidade entre "política" e "futebol", mas porque Vieira está em incumprimento nos créditos que as suas empresas contraíram junto do Novo Banco, e tem várias acusações em curso na Justiça).<div><br /></div><div>Mas Costa e Medina não podem andar tão distraídos e mal aconselhados. A questão nem é a "falta de vergonha", porque esta cede perante as conveniências táticas da política quando se considera o seu impacto na opinião pública e nos resultados eleitorais próximos. A questão aqui é outra: <b>porque é que ambos não puderam recusar este apoio?</b> Isso é que deveria ser comentado, refletido e, já agora, investigado.</div>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-65604341415899089442020-09-09T11:41:00.001+01:002020-09-09T11:41:00.731+01:00Política sanitária: uma voz da razão em Portugal<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/w4npBAdCkOc" width="480"></iframe><br />
<br />
Entrevista de Camilo Lourenço ao Dr. Gabriel Branco (neuro-radiologista) e membro do grupo <a href="https://www.youtube.com/channel/UCJ-wqZW6E7yr_XRsSq2KoQg">Médicos pela Verdade</a> sobre a atual política sanitária.Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-79431721491946448802020-09-03T11:27:00.005+01:002020-09-03T11:43:38.888+01:00Sobre o processo de nacionalização da banca em 1975<p style="text-align: left;"><span style="text-align: justify;"><span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><a href="https://1.bp.blogspot.com/-EnpOEFF_VXE/X1DGD7J9A0I/AAAAAAAABZQ/mZKY5egMdQI4ObSDfZJeAGFTCi9Nn16IgCLcBGAsYHQ/s300/NoronhaR_thumb-195x300.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="195" src="https://1.bp.blogspot.com/-EnpOEFF_VXE/X1DGD7J9A0I/AAAAAAAABZQ/mZKY5egMdQI4ObSDfZJeAGFTCi9Nn16IgCLcBGAsYHQ/s0/NoronhaR_thumb-195x300.jpg" /></a></span></div><span style="font-size: 12pt; font-weight: bold;">Ricardo Noronha – <i>“A Banca ao Serviço do Povo”: Política e Economia durante o PREC
(1974-1975)</i>, Lisboa: Imprensa de História Contemporânea, 2018, 356 p. </span><span style="font-size: 12pt; text-align: justify;">[ISBN 978-989-98388-8-8]</span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="font-size: x-small;">[Publicado
em <a href="https://journals.openedition.org/lerhistoria/7028" target="_blank"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ler História</i>, n.º 76 (2020), pp. 222-226</a>.] Para versão em PDF, abrir <a href="https://drive.google.com/file/d/1RC-bUgbqPBlKbPO4sJj7dtt_KrSqgydT/view?usp=sharing" target="_blank">aqui</a>.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 11pt;">Por estranho que pareça, não há
muitos estudos de fundo (menos ainda teses de doutoramento) sobre o chamado
“processo revolucionário em curso” (PREC), sobretudo em temas relacionados com
a história económica. Ora, o livro aqui recenseado, investigando o contexto e o
processo de nacionalização da banca, vem colmatar uma grande lacuna
historiográfica e, não sendo um estudo de história económica, permite situar
alguns problemas que a esta respeitam. Ricardo Noronha procurou contextualizar
o seu tema (a banca) na problemática mais geral das nacionalizações de 1975 e
relacioná-la com a conjuntura política e económica – por vezes, aliás, de modo
excessivo, prejudicando o espaço dado ao seu tema específico. O imbrincamento
do político e do económico, com que orienta a sua análise, é bastante
apropriado, embora se socorra pouco da historiografia económica, nomeadamente
da relativa ao setor financeiro – por exemplo, o vol. 2 da </span><i style="font-size: 11pt;">História do Sistema Bancário Português</i><span style="font-size: 11pt;">, coordenado por Nuno Valério
(Lisboa: Banco de Portugal, 2010) ou o capítulo deste autor e Anabela Nunes no
vol. 3 da </span><i style="font-size: 11pt;">História Económica de Portugal,
1700-2000</i><span style="font-size: 11pt;">, coordenada por Pedro Lains e Álvaro Ferreira da Silva (Lisboa:
ICS, 2012) –, que poderia ter enriquecido o retrato da banca portuguesa antes e
depois do 25 de Abril. Tendo em consideração a perspetiva marxista (não muito
assertiva) do autor, estudos mais antigos, como o de Daniel Bessa (</span><i style="font-size: 11pt;">O Processo Inflacionário Português,
1945-1980</i><span style="font-size: 11pt;">, Porto: Afrontamento, 1988) e o de Alfredo Marques (</span><i style="font-size: 11pt;">La Politique Économique Portugaise dans la
Période de la Dictature – Analyse de trois stratégies de l’État</i><span style="font-size: 11pt;">, Genebra:
tese de doutoramento, 1980) – por se referenciarem à metodologia da chamada
“escola francesa de regulação” de modo aplicado ao caso português –, poderiam
ter contribuído para criar um enquadramento concetual mais robusto na vertente
económica.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;">Julgo não faltar muito ao rigor se
disser que Ricardo Noronha defende que o 25 de Abril ocorre com uma grave crise
económica e bancária já instalada e que a revolução não a teria agravado. No
entanto, parece claro que o súbito acentuar da pressão altista dos salários
após abril de 1974 teve um efeito simétrico de acentuação da crise económica
por ser simultâneo de uma fase de contração induzida do exterior e que requeria
ajustamentos opostos aos que se deram. Tanto que, se a crise não se agravou na
sequência do PREC, foi porque um ajustamento teve lugar logo no início de 1976,
nomeadamente corrigindo a subida de cerca de 22% dos salários reais verificada
em 1974-75, viabilizando assim muitas empresas privadas e sustendo a subida do
desemprego (cf. José Silva Lopes <i style="mso-bidi-font-style: normal;">in</i>
F. Rosas, coord., <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Portugal e a Transição
para a Democracia</i>, Lisboa: Colibri, 1998, p. 178). Pelo que poderá ser
defensável concluir que, com aquela escalada salarial, associada ao controle
dos preços e ao reforço do protecionismo, o PREC terá atrasado o ajustamento do
tecido empresarial, dos rendimentos e do mercado laboral aos efeitos em
Portugal da crise mundial. E não é impossível que, sem a rigidez introduzida
pelos acontecimentos revolucionários, a quebra de -4,3% do PIB em 1975 pudesse
ter ficado mais próxima da média da OCDE de -0,4% (já que Portugal vinha de
anos com crescimento superior ao da OCDE, verificado ainda em 1974). O mesmo se
pode dizer do crescimento da inflação, da despesa pública, do endividamento
externo do Estado e da erosão dos ativos do Banco de Portugal, todos acelerando
para financiar o custo do adiamento do ajustamento e da inflexibilidade
reforçada no PREC.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;">Continuar a adiar aquele ajustamento,
em nome de uma política de redistribuição do rendimento ou de uma nova
“governamentalidade socialista”, não era sustentável, como é claro no que o
próprio Mário Murteira disse em maio de 1975 à assembleia do MFA, assumindo ser
necessário sacrificar “reivindicações salariais e outras” (p. 212). No fundo, a
economia estatizada do pós-11 de Março teve de fazer (mais tarde e em condições
agravadas) o mesmo ajustamento que a lógica do mercado pedia. Pelo défice de
ponderação destes condicionalismos económicos, a historiografia com simpatia
pelo socialismo revolucionário, e que se centra na análise puramente política
do desfecho do PREC, acaba sempre por aproximar-se de explicações conspirativas
mais ou menos assumidas e projetadas nos adversários de tal via (do meu ponto
de vista, é isso que explica ainda hoje o processo de intenções marcadamente
ideológico na leitura das movimentações dos apoiantes civis e militares de
Spínola em torno do 28 de Setembro, os quais tinham, em boa medida, preocupações
relativas ao que se estava a passar em termos económicos). Mas, quanto a este
quadro historiográfico, é de elementar justiça reconhecer que Ricardo Noronha
incorporou no seu estudo não só elementos económicos necessários a uma leitura
mais crítica dos condicionalismos da “via socialista” (alguns relevantes, por
exemplo do arquivo histórico do Ministério das Finanças e de relatórios do
Banco de Portugal), mas também o contraditório empírico patente na exposição de
opiniões publicadas na época por personalidades relevantes e críticas do curso
da política económica (Alfredo de Sousa no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Expresso</i>,
nomeadamente). No entanto, há no livro alguma confusão (p. 53) nos valores
avançados do índice de preços ao consumidor (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">vg.</i> “inflação”) que alguma da literatura referida esclarece. Já em
relação aos dados sobre os resultados financeiros da gestão privada da banca
antes da nacionalização (não incluindo aqui o caso bem conhecido do grupo de
Jorge de Brito), conviria tratar de modo mais sistemático e crítico as fontes
da época utilizadas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;">Quanto às nacionalizações, fulcrais
neste livro, o autor pretende claramente legitimá-las à luz do contexto
económico e político, bem como defender de certa forma a sua “normalidade” na
época. Nesse sentido não está propriamente muito afastado do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mainstream</i> historiográfico e até
memorialístico de alguns protagonistas. Invoca um “apoio tão alargado e
duradouro” no meio político dos anos 70 que explicaria a sua consagração
constitucional, mas não esclarece diferenças de perceção (e respetivos
“tempos”) entre os atores mobilizados da cena político-militar e entre estes e
a (mais larga) opinião pública – além de que a solução adotada na sequência do
11 de Março não fazia então o pleno daqueles atores (veja-se o teor do “Plano
Melo Antunes”, que não propunha essa opção). Quanto à “normalidade” da
“economia mista” portuguesa saída da revolução, importaria talvez matizá-la. O
Estado português (incluindo administrações e empresas públicas), segundo dados
de João Confraria (na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">História Económica
de Portugal 1700-2000</i>, vol. 3, p. 406), representaria em 1976 cerca de 45%
da formação bruta de capital fixo na economia (contra 19% em França em 1975 e
30% em Itália em 1974) e – importante diferença, reveladora de ineficiência
pesada ao País – 24% do valor acrescentado (em França e Itália, respetivamente,
17% e 26%); digamos que não são valores propriamente equivalentes e, tendo em
consideração que nenhum país ocidental tinha quase integralmente nacionalizada
toda a banca (e seguros) – para não falar da grande indústria –, a “economia
mista” portuguesa saída da revolução não estava exatamente dentro da
“normalidade” do Mercado Comum da época.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;">Sobre a justificação “realista” das
nacionalizações recorrendo à nebulosa constatação de que “o poder caiu na rua”
(com “conflituosidade social” e “radicalização política”) e de que elas foram
um meio político de apaziguamento, trata-se de um argumento inevitabilista que
realmente não explica os desfechos históricos, como ficou patente na crua
“contagem de espingardas” (até ao fim) no 25 de Novembro (e também, já agora,
no 11 de Março). O mesmo é dizer que a análise histórica do PREC não pode
perder de vista o apuramento do poder fático detido pelas fações preponderantes
em cada conjuntura e que isso passa por reconstituir não só os mecanismos
organizacionais de mobilização da “rua” (porque os houve), como de angariação
de apoios nas Forças Armadas, nas empresas e no aparelho de Estado,
identificando as principais forças organizadas em ação nessa disputa, que não
foi – e não é nunca – indiferente às soluções momentaneamente vitoriosas. Não
ter esta matriz bem clara (preferindo-a a uma contraposição da “espontaneidade”
da luta e da reivindicação revolucionárias <i style="mso-bidi-font-style: normal;">vs.</i>
a reposição da “ordem coerciva” pelos seus adversários) leva o autor a
secundarizar completamente, do meu ponto de vista, a estratégia política do PCP
como chave para entender não só a ocorrência das nacionalizações no tempo e na
escala em que se deram, como todo o desenrolar do PREC. Aliás, o Sindicato dos
Empregados Bancários de Lisboa (depois, do Sul e Ilhas), que está no centro
desta “trama”, é um ponto de observação privilegiada da ascensão e queda da
influência do PCP na contestação sindical, de meados da década de 60 ao fim do
PREC (desde a criação das grandes expetativas reivindicativas em plena era de
crescimento até à tentativa de enquadrá-las, já na revolução, num socialismo de
Estado).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;">Concretizando: teria sido
interessante que algum do espaço dedicado pelo autor à exposição do
argumentário dos delegados sindicais contra aqueles que elegiam como seus
adversários fosse utilizado para esclarecer a estrutura de poder dentro dos
sindicatos de bancários (e as suas ramificações para a Intersindical e o PCP),
fundamental para compreender o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">modus
faciendi</i> e a racionalidade política da interferência daqueles delegados na
administração dos bancos ou nos saneamentos e no esforço evidente de
alinhamento político dos restantes funcionários (pp. 233-236) – tanto mais que
a conflituosidade interna foi patente mais tarde nas eleições de 31 de agosto
de 1975, em que os próprios bancários afastaram as lideranças que
operacionalizaram essas articulações políticas. Do mesmo modo, a “cooperação”
da Intersindical com o Ministério do Trabalho (p. 214) deveria ser mais
investigada, tal como a relação dos delegados sindicais nos bancos com o
Serviço de Coordenação da Atividade Bancária, no âmbito do Banco de Portugal e
responsável pelas decisões relativas à concessão de crédito (pp. 236-247).
Estas concessões de crédito (aliás consideradas, por um lado, de “natureza
precária” e, por outro, transformadoras das empresas ocupadas e/ou
intervencionadas em “recuperadas” antes da sua devolução aos seus proprietários
logo após o PREC) seriam um indicador fundamental da perceção pública da nacionalização
da banca, tendo em consideração o que o autor revela dos inúmeros protestos por
o mesmo crédito ser negado a pequenas e médias empresas ainda com gestão
privada cujas atividades e manutenção de emprego subsistiam (p. 289ss). Haveria
aqui uma atividade predatória sobre o crédito?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;">Também não seria indiferente ao
apuramento da “economia política” do processo de nacionalização da banca aferir
até que ponto a disponibilização de crédito a empresas (ainda) não
nacionalizadas e geridas por comissões de trabalhadores e delegados sindicais
(pp. 226-231) criava incentivos à sua atração a uma estatização funcional
(através do financiamento direto de salários e despesas correntes pelo Estado
ou por empréstimos por ele avalizados) – gerando-se, assim, uma lógica crua de
“emprego político” sem tradução no valor acrescentado (aliás, de difícil
mensuração sem o mecanismo de preços a funcionar) e que, objetivamente, criava
um privilégio administrativo em relação àqueles que se sustentavam pelo seu
trabalho fora deste enquadramento institucional. Só mais duas achegas: em
articulação com o Ministério da Agricultura, estes incentivos funcionaram
também no caso das unidades coletivas de produção (assunto abordado nas pp.
221-225) e, tal como no caso das empresas antes referidas, traziam-nas para a
órbita do modelo de cogestão (estatal e sindical) fomentado pelo PCP e pela
Intersindical e que para ambos era instrumental na criação de uma ampla
clientela sindical e eleitoral no assalariado agrícola, industrial e dos serviços.
E este assunto, conduzindo-nos ao fulcro do equilíbrio de forças e da direção
dos acontecimentos no PREC – com consequências na paisagem política do País no
período constitucional –, mostra bem que Ricardo Noronha identificou e tratou
neste livro um ponto nevrálgico para o esclarecimento da história da “revolução
dos cravos”.</span></p><p></p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-43884690868259540142020-09-02T18:32:00.002+01:002020-09-02T18:32:19.590+01:00Um retrato da demência intelectual (e criminosa) à solta<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-O8qcjrybvo8/X0_Uxaeyi2I/AAAAAAAABZE/W1quTh5dKH4Zm_ihYZ1DEl4pFDl8lLZbwCLcBGAsYHQ/s300/th.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="171" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-O8qcjrybvo8/X0_Uxaeyi2I/AAAAAAAABZE/W1quTh5dKH4Zm_ihYZ1DEl4pFDl8lLZbwCLcBGAsYHQ/s0/th.jpg" /></a></div><br /> A criminosa que aparece na fotografia (porque é crime incitar ao crime), chamada Vicky Osterweil, está nas bocas do mundo porque tem à venda um livro com o título de <i><b>In Defense of Looting</b></i> (sim, incitando ao roubo, à pilhagem, ao saque). O livro tem origem <a href="https://thenewinquiry.com/in-defense-of-looting/" target="_blank">neste artigo</a> de 2014 com o mesmo título.<p></p><p>Gostaria que alguém que tivesse acesso a esta desclassificada moral e intelectual (um jornalista, por exemplo) lhe perguntasse se se pode começar pela casa dela ou a roupa dela ou qualquer outra coisa dela. Talvez começando por roubar o livro das livrarias? Ou, já agora, o dinheiro que vai fazer com os <i>royalties</i>.</p>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-90004722931644497322020-09-01T23:06:00.003+01:002020-09-02T15:03:50.758+01:00O célebre discurso do "império do mal"<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/FcSm-KAEFFA" width="459"></iframe></div><div style="text-align: center;">Discurso histórico, proferido em Orlando (Florida), perante a convenção da Associação Nacional dos Evangélicos (<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/National_Association_of_Evangelicals" target="_blank">NAE</a>), em <b>8 de março de 1983</b>. Reagan afirma a ligação entre a liberdade civil e uma sociedade constituída por um grande número de indivíduos tementes a Deus. Um discurso que muitos não compreendem, mas que identifica questões axiais e de sempre.</div>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-7247320898271001472020-07-23T21:53:00.001+01:002020-07-23T21:53:18.070+01:00PS(D) + PS: uma facada na democracia<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/ptuQ8-ZAsBo" width="480"></iframe>Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-20166153490173995322020-07-15T10:42:00.003+01:002020-07-15T12:47:59.577+01:00Um retrato da "imprensa de referência" portuguesa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-G_RYKTxbOyE/Xw7PYyPF5yI/AAAAAAAABXQ/km8aSmg379QU1YsBjRW589pNKh-giOoJwCLcBGAsYHQ/s1600/Publico.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="561" data-original-width="450" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-G_RYKTxbOyE/Xw7PYyPF5yI/AAAAAAAABXQ/km8aSmg379QU1YsBjRW589pNKh-giOoJwCLcBGAsYHQ/s320/Publico.JPG" width="256" /></a></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; clear: both; font-family: Times New Roman; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin: 0px; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #000050;">Hoje, o jornal <i>Público</i>, para noticiar a acusação agora saída relativa ao "caso BES", destaca o que se vê nesta 1.ª página. É isto o mais importante na acusação? São estas pessoas as mais envolvidas na presumível rede de corrupção e destruição de riqueza em torno da gestão de Ricardo Salgado no antigo Banco Espírito Santo?</span><br />
<span style="color: #000050;"><br /></span>
<span style="color: #000050;">A única conclusão a que se pode chegar, da leitura de uma manchete destas, é que este jornal tem uma agenda política. Mas, dada a gravidade do que está envolvido neste caso, e em português chão (às vezes necessário), isto, além de jornalismo reles, é uma retinta <i>filha-da-putice</i>.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: left;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-ANGi6yKy_SI/Xw7O7HwsZKI/AAAAAAAABXE/yzYTcqd8c00LTV71IJqY-zTIrIWlMC80ACLcBGAsYHQ/s1600/Publico.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="color: #b00000; font-family: "times new roman";"></span><br /></a></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: Times New Roman; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #000032;"><u></u><br /></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: Times New Roman; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #000032;">Uma sugestão de manchete alternativa (via <a href="https://www.youtube.com/watch?v=WOw9u_hqr-s">Camilo Lourenço</a>):</span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: Times New Roman; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #000032;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #000032; font-family: "times new roman"; font-size: large;"><b>BES estava falido 5 anos antes da resolução</b></span></div>
<span style="font-size: large;"></span><br />Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-19766810068054273112020-07-09T23:30:00.001+01:002020-07-09T23:30:31.367+01:00O banner anti-confinamento do L&LP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-tMR7okkuBIs/XweZOyJUQhI/AAAAAAAABWA/27E4F2rxN0oIYlWfPjwwdCZDW9k62EJkwCLcBGAsYHQ/s1600/RFACC.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="193" data-original-width="442" height="139" src="https://1.bp.blogspot.com/-tMR7okkuBIs/XweZOyJUQhI/AAAAAAAABWA/27E4F2rxN0oIYlWfPjwwdCZDW9k62EJkwCLcBGAsYHQ/s320/RFACC.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div>
De 28 de março até hoje (9 de julho), o <i>L&LP</i> teve este <i>banner</i> (<i>home made</i>) na coluna da direita para deixar bem clara a sua oposição às medidas de confinamento da população. 1.º por ser uma violação de direitos fundamentais; 2.º por ser uma política sanitária desastrosa; 3.º por ter consequências económicas igualmente desastrosas. Esperamos não ter de voltar a exibi-lo.</div>
Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-35124199023986970522020-06-30T19:52:00.002+01:002020-06-30T19:55:15.969+01:00O "despertar" encenado do Sr. Ministro sem pasta para Lisboa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-4_ojRoqNphg/XvuG9b5lsTI/AAAAAAAABVY/a8dkDJWSHxQhRYmWm-iBgcvUKQEU-rzYQCLcBGAsYHQ/s1600/medina.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="171" data-original-width="770" height="88" src="https://1.bp.blogspot.com/-4_ojRoqNphg/XvuG9b5lsTI/AAAAAAAABVY/a8dkDJWSHxQhRYmWm-iBgcvUKQEU-rzYQCLcBGAsYHQ/s400/medina.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
Fernando Medina, que ficou como valido de António Costa na Câmara Municipal de Lisboa, comportou-se durante o período da "crise sanitária" do Covid-19 como um autêntico ministro sem pasta do Governo. Nas suas funções como autarca neste período, é o principal responsável pela proteção civil no concelho e na área metropolitana de Lisboa. Até hoje, não fizera qualquer reparo à condução da política sanitária, não perdendo uma ocasião para aparecer ao lado da ministra da Saúde e do primeiro-ministro (os principais decisores nessa matéria).<br />
<br />
Agora, o Sr. Medina está, aparentemente a participar num número (<a href="https://livreeleal.blogspot.com/2020/06/1-eu-senhora-1-ministra-sem-pasta-do.html">mais um</a>) que pretende, provavelmente, sacrificar a ministra da Saúde e apresentá-la ao País como a responsável pelos falhanços da "política sanitária", salvando a face (e eximindo de responsabilidades) o primeiro-ministro. Aliás, este disse (para quem o quisesse ouvir) na <a href="https://visao.sapo.pt/atualidade/politica/2020-06-25-covid-19-costa-irritou-se-com-marta-temido-e-obrigou-marcelo-a-acabar-reuniao-no-infarmed/?fbclid=IwAR3isjQVfO23-S6Bw_IuwiDoFxGrPtQu55LNWcX_IRIER92YS5EPcF4pY28">última reunião do Infarmed</a>, que não teria qualquer responsabilidade por esses falhanços. O <i>L&LP</i> abstém-se de entrar em detalhes sobre o que pensa desta "ética republicana" com que os socialistas portugueses fazem política.Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5542804.post-16780870981738474332020-06-30T19:08:00.001+01:002020-06-30T19:08:49.702+01:00O fanático que nos vai pôr todos a pagar o buraco financeiro da TAP insulta os liberais portugueses<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/tg6GcBsMxzw" width="480"></iframe><br />
<br />
O "senhor" ministro das Infraestruturas e da Nacionalização dos Prejuízos da TAP, depois desta prestação vergonhosa e ofensiva, tem de demitir-se. JÁ.Luís Aguiar Santoshttp://www.blogger.com/profile/08162826678655100251noreply@blogger.com