Faz hoje cinquenta anos que um punhado de homens fundou o Partido Liberal:
José Ávila (administrador da SINASE, Sociedade de Investigação Aplicada ao Serviço da Empresa, SARL), António Luís Marques de Figueiredo (tenente-coronel na reserva, administrador das empresas Navex e Tráfego e Estiva, e aparente financiador do partido), José Harry de Almeida Araújo (n. 1924, arquiteto, que estivera duas décadas fora de Portugal, secretário-geral, e autor do artigo «Não somos todos camaradas somos todos portugueses», Expresso, 27-7-1974, e do livro A Vida aos Pedaços: Memórias, Coimbra: ed. autor, 2012), Gastão Caraça da Cunha Ferreira (psicólogo e pedagogo, creio que ligado ao IPOPE), José Cabral (médico), Luís Alberto Vinhas Frade (estudante universitário), Osvaldo Eurico Aguiar (advogado), Aureliano Dias Gonçalves, Moisés Ayash, D. Duarte Pio de Bragança, João Saldanha e Amândio (Pinto) Quintas.
A declaração de princípios foi publicada em junho. Em julho, saiu o primeiro número do semanário do partido, Tempo Novo, de que se publicaram sete.
O partido realizou várias ações públicas em diferentes localidades do País.
A 26 de setembro, a sede do partido foi assaltada e selada pelo COPCON. Não houve qualquer diploma legal ou decisão judicial suportando esta ação.
Nos dias seguintes, os seus dirigentes foram alvo de perseguição, depois de emitidos mandatos de captura em seu nome, sem culpa formada, considerando-os membros de "um grupo de malfeitores". Nunca se provou qualquer ato ilegal cometido por qualquer um deles.
O L&LP lembra e homenageia estes homens, que durante quatro meses levaram a cabo uma empresa exemplar e heroica.
REMEMBER - RESEMBLE - PERSEVERE