O rei Faisal do Hijaz (depois do Iraque) na Conferência de Paz de Versalhes, com o célebre “Lawrence da Arábia” junto ao seu ombro esquerdo.
Aproveitando a ocasião suscitada por este interessante texto de Fernando Gabriel (que, basicamente, coincide com as minhas ideias sobre o assunto), recupero um comentário que publiquei há uns bons meses no Amigo do Povo (31 de Agosto de 2006):
«Ainda a propósito do Iraque, há já quase três anos, Bernard Lewis e R. James Woolsey defenderam uma solução política mais que interessante; a única que fazia sentido. Nesse texto esquecido, em vez da engenharia política patrocinada pelo invasor, os autores defendiam a restauração da Constituição de 1925 e a sua ulterior revisão pelos processos constitucionais previstos no texto. E tinham a coragem de advogar uma chefia de Estado dinástica e Hachemita. Foi outro o caminho, infelizmente para os Iraquianos, apesar de existir um pretendente credível».
P.S. Sobre este assunto, conto deixar aqui um post relativo a uma leitura recente sobre o conflito israelo-árabe e da qual me parece claro que a maior desgraça dos tempos modernos para o mundo árabe foi o falhanço do projecto de Faisal (após a Primeira Guerra Mundial) de restauração de um califado árabe na altura em que os Turcos aboliam o seu e a Casa de Saud o tentava contrariar (o que infelizmente conseguiu, destruindo o Hijaz).