domingo, julho 07, 2013

Xeque ao "rei da Jordânia"

A solução encontrada para manter Portas no Governo, dando-lhe uma vice-presidência, uma coordenação da área financeira e económica (que só pode ser para o manter ligado aos dossiers e dificilmente com iniciativa técnica na parte das Finanças) e o seu amigo Pires de Lima na economia, pode ser que funcione, mas é claramente uma forma que Passos encontrou de lhe retirar margem para continuar com o jogo perigoso em que anda desde 15 de setembro do ano passado e que custou consequência às políticas financeiras do Governo e levou, por desgaste, à saída de Gaspar. Continuo a pensar que nisto também se vê mais tacto político de Passos (e menos “amadorismo”) do que muitos comentadores encartados lhe querem reconhecer. E é uma paradoxal “promoção” política de Portas, regada de responsabilidade acrescida, aquilo afinal a que ele anda a fugir desde que o atual governo entrou em funções. O CDS, definitivamente, revelou-se a “Jordânia” que certa comentadora diz ser. Xeque, pois, ao “rei da Jordânia”.