Bom, não é a interpretação que queria da Bartoli com Bryn Terfel (o Youtube não deixa postar), mas fica esta versão com a mesma senhora como Rosina e Gino Quilico no papel de Figaro. Neste dueto (deixem passar o recitativo, que aliás parece saído de Mozart) respira-se o tipo de ambientes bem dispostos que Rossini sabia criar e a música é excelente: pôr dois intérpretes a cantar ao mesmo tempo sem resultar numa gritaria e conseguindo-se perceber o que cada um diz (para isso seguindo o seu próprio trilho definido na música) é o que este senhor sabia fazer como o mestre. Bartoli tem uma interpretação límpida, numa personagem que outros sopranos assassinam por não saberem manter na ordem (por vezes nos limites do decoro) a sua coloratura.