Uma das coisas que gosto de fazer em grandes cidades é visitar igrejas. Em Nova Iorque, fiz várias descobertas agradáveis. Para começar, Saint Paul Chapel, junto ao City Hall, a mais antiga da cidade e onde George Washington foi orar após ter prestado juramento como primeiro presidente dos Estados Unidos. Foi construída de acordo com o modelo neoclássico de Saint Martin-in-the-Fields, em Londres. No coração de Lower Manhattan, em frente de Wall Street, está a minha preferida: Trinity Church. Construída na época do furor neogótico dos anos 40 do século XIX (sobre dois templos anteriores que remontavam a 1698), é muito diferente e percebe-se que era a igreja episcopal que servia a elite judicial, política e financeira da cidade naquela época (no cemitério, sintomaticamente, está a estátua de John Watts, último royal recorder da cidade e congressista após a revolução, e a campa de Alexander Hamilton). Saint Paul pertence à paróquia episcopal de que Trinity é a sede. Ver também aqui.
Vitral por cima do altar de Trinity Church.
O seu estilo é todo high church, o que se pode constatar também apreciando a maravilhosa All Saints Chapel, no extremo oeste do lado norte do edifício:
All Saints Chapel (Trinity Church).
A terceira agradável surpresa foi a também episcopal e neogótica Saint Thomas Church, na rua 53 (West Side), construída em 1914 para substituir um templo anterior destruído num incêndio. O altar é absolutamente impressionante, inspirado no gótico francês e ocupando toda a parede frontal da nave:
Para desbravar este mundo novo de que aqui está apenas um vislumbre, ler, por exemplo, Edward F. Bergman, The Spiritual Traveler: New York City (New Jersey: HiddenSpring, 2001, 376 p.).